
Ansiedade, depressão, insônia e pressão alta. Essas são apenas algumas das possíveis consequências para a saúde de mulheres que sofreram algum tipo de agressão sexual ou assédio. É o que mostrou um estudo da publicação científica Jama Internal Medicine, publicado no início de outubro nos Estados Unidos.
Na pesquisa, foram ouvidas 304 mulheres não fumantes com idade entre 40 e 60 anos. O levantamento apontou que 19% delas relataram já ter sofrido assédio sexual, 22% afirmaram ter sido vítima de agressão sexual em algum momento da vida e 10% disseram que passaram por ambas as situações.
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As mulheres que relataram agressão sexual prévia tinham três vezes mais probabilidade de sofrer de depressão e duas vezes mais chances desenvolver ansiedade do que aquelas sem histórico de trauma sexual.
Aquelas que sofreram ataques sexuais ou assédio foram duas vezes mais propensas a ter problemas de sono, incluindo insônia.
Já as mulheres que relataram ter sofrido assédio sexual no local de trabalho apresentaram pressão arterial alta, situação que poderia colocá-las em risco de AVC, aneurismas, doenças renais, ataques cardíacos e outras formas de doenças cardíacas.
O estudo conclui afirmando que combater assédio e abuso sexual, além dos ganhos óbvios para a vida das mulheres, ainda pode diminuir o número de pessoas atingidas por hipertensão e problemas psicológicos.
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