
Esse texto já teve vários começos, várias palavras medidas, várias sabotagens, mas a verdade é que o tema precisa ser posto a mesa. Vai soar estranho, sim, vai gerar confusão, mas o maior objetivo: vai nos ajudar a entender nossos sentimentos, e quem não precisa entende-los ainda mais, não é?
A verdade é que amor e desejo são sentimentos bem diferentes, isso não quer dizer que você não possa sentir desejos loucos por quem você ama (quem sabe até casará com essa pessoa e será o máximo), mas a mesma regra nem sempre pode ser usada para o desejo.
Na maioria dos casos ele simplesmente é. É instinto. É fome. É fogo. É tesão.
A ideia, então, é não sentir culpa por isso! Tem várias pessoas que acabam sentindo só o desejo por outras, mas, por medo do segundo encontro, por medo do gostar, por meio do “prender-se”, acabam ignorando até mesmo o primeiro passo.
Sabe o que encanta? Quando a pessoa te mira com os olhos e pergunta: sendo bem direto(a), o que você quer comigo? E a resposta vem sem temor: você!
Um dos grandes problemas foi que nos fizeram acreditar que quando alguém (inclusive a mulher) diz “não” esse “não” é na verdade um “sim”, que esse “não” foi apenas um charminho, um jogo de sedução, um tempinho a mais de conquista. Em contrapartida, quando a resposta é “sim” parece que o terra treme, que a pessoa está de brincadeira, que não é alguém pra se levar à sério.
Gente, isso é sinceridade! (uma das coisas mais escassas nas relações de hoje em dia, talvez uma das grandes carências da humanidade!) Em primeiro lugar, sinceridade de admitir o que sente e respeitar o outro caso esse desejo não seja correspondido, e acima de tudo não criando expectativas falsas, pois destas, o coração humano já está cheio!
Sofre quem teve sua expectativa nutrida, e dia mais, dia menos, sofre quem buscou sublimar o que sentiu.
O ideal, então, é verificar o que de fato você está sentindo (carência, fim de relacionamento mal resolvido, discussões, expectativas que não foram sanadas, medo, desejo, curtição), conversar com a pessoa – vale até perguntar o que despertou o desejo de estar contigo – e principalmente respeitar o sentir do outro.
Deu liga? Fechou os desejos? Tá legal pra ambos? Então suspirem! Se entreguem! Se tomem! Se pertençam!